Pés descalços no chão,
Corpo disforme,
raquítico...
Barriga grande,
Dedo sujo na boca.
Terra molhada,
Esgoto a céu aberto,
Caixas de papelão,
Lar dos subumanos.
Urubus e capivaras,
Animais de estimação.
A boneca tão limpinha
Aninhada no coração.
A menina cresceu
E cheirou cola.
Depois vendeu seu
corpo,
Assaltou pedestres
felizes
E se mudou para a
prisão...
Mas a boneca, ah!
Aquela boneca
Sem cabelos,
Lavada com lágrimas
Choradas pela dor de
fome...
A boneca, ah, a
boneca!
A menina levou com
ela.
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